domingo, 27 de setembro de 2015

General sem língua

É deveras, hilário e interessante
Garboso, senhor de si e valente
Altivo, intrépido com sua patente
Tendo sob seu domínio algumas mentes
Que por si não pensam, são inconsequentes
É fácil ser líder no palanque
Microfone na mão  e na língua um tanque
Insuflando e manipulando a claque
Massa de manobra com antolhos
Que as vezes nem sabe por que tem olhos
E sem discernimento estoura como boiada
Pisando e destruindo como descontrolada manada
A quebrar, invadir e a legalidade afrontar
E sob esse tipo de liderança no erário sugar
Com título de movimento disso ou daquilo
Saem destruindo, cavando como esquilo
Sob orientação ditatorial  sem praça e nem raça
Desrespeitam limites alheios e em seus direitos avança
Quebram, destroem estudos e anos de pesquisas
Em nome de inconsequentes e falidas ideologias
Quando tem a turba sob sua frente
São heróis de palanques e valentes comandantes
Punhos cerrados ao alto, protótipos de gigantes
Porém quando isolados transeuntes
Tendo ao redor a cidadania digna e protestando
Sua indignação aos ventos gritando
Viram generais acossados, sem língua e acovardados
Pousam, quem sabe, até mesmo de retardados
Autistas que não sabem caminhos a serem tomados
Metem a língua e a valentia na latrina
Esboçando sorriso amarelo do pavor espelhado na vitrina
De sua face sem nenhuma cor de amor a Pátria
E seguem fugindo amedrontado como paria
Surdos e mudos mostram quem efetivamente são
Não nutrir e ter respeito pela Nação
General sem som, sem estrela e nem noção
Que sempre quer desfrutar tudo todo dia
Tumultuando, invadindo e arrebentando nossa democracia

Lúcio Reis
Belém do Pará –Brasil
Em 27/09/2015

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