domingo, 4 de outubro de 2015

Na floresta com ecologia

Quando moleque em passadas iniciadas
Na companhia de amigos e irmãos
Há mais de seis décadas, bem contadas
Sem do hoje termos qualquer noção
Na mata diariamente caminhei
Por trilhas várias continuei
Peconha, muitas usei
E pupunha vários cacho apanhei
Foi tudo ali na Ilha do Marajó o cenário
Ponta de Pedras o município da Mangabeira o balneário
Nas palmeiras todo o dia eu subi
Açaí, em paneiros colhi
Sarará, milhares também vi
No mangue e no igarapé
Em baixa mar, que atravessei a pé
Por que na mata não se chega de bicicleta
Muito menos de patins ou lambreta
Observei a aranha no seu metier do tecer
Lenta e caprichosamente sua teia
Para o seu alimento compor a seia
E mesmo que se queira compreender
Como ela constroe seu lar, jamais vamos entender
O colibri é espetáculo especial
Dir-se-ía mesmo bem diferenciado e natural
Vai ali ou acolá, veloz em voo normal
Suga o nectar em cada flor
Num relacionamento pleno de amor
A intensa sombra sob as copas
Traz útil e inevitável calor
Que coopera para a chuva se formar
E cada semente no solo germinar
E depois palmeiras e outros vegetais virem se levantar
Como podemos ver e constatar
É tudo perfeito, basta com bons olhos observar
E concluir, sem receio de se enganar
De Deus, Divino Arquiteto foi o projetar
E de Sua bondade o maravilhoso executar.

Lúcio Reis
Belém do Pará – Brasil
Em 04/10/2015

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