Discriminar? Jamais!
Sobre, de cada qual, a opção
Refiro-me a escolha sexual
Como aqui vamos ver
Sem enrolação, lero, lero e tal
Por isso não vale falar de Adão
Nem de Eva e desta a traição
Logo, sem aquela da serpente a enganação
Hoje todos sabemos que é fatal
Há ameaça de processo judicial
Alguma referência sobre cor
E também para a opção sexual
Aplaudo o livre arbítrio
E cada um segue seu corredor
Esquenta-se nos bíceps femininos ou masculinos
E neles se aconchega e ameniza o frio
O que está mesmo ficando complicado
Até mesmo para o sujeito se declarar
Sou de pele clara e portanto sou branco
Mas, o caso vai ficar mesmo enrolado
É quando o macho se declarar
Sou hétero, não abro mão, está proclamado
Pois aí será tido e havido como preconceituoso
E até mesmo injurioso
Mas então veio-me uma ideia à cabeça
A saída, para os poucos héteros a solução
Mas, não venha e nem vale achar graça
Fazer piada e desejar minha desgraça
O assunto é sério e respeitoso
Não tomei nenhum gole de cachaça
Nem de vinho ou licor saboroso
Pois pensei nele todo garboso
Vamos criar e instituir mais uma opção
Mas não leve o assunto para o lado jocoso
É tema envolvente e prazeroso
Pois se relaciona com a procriação
Natural e consequente de sexual relação
Não aquela de colocar na barriga a sementinha
Para nascer um menino ou uma menininha
Portanto, agora ao invés de se declarar hetero
Olhe com seriedade para o seu interlocutor
Ou preencha sua ficha com todo pudor
E fale pausadamente sem fazer mímica ou bico
Clara e fortemente se declare: sou lésbico
Ou seja, simplesmente você será...
Ou dizendo com todas as letras estará
Falando e afirmando sem titubear
Um macho que gosta, admira e tem atração sexual
Por toda e qualquer fêmea, mulher
E assim não mais haverá a odiosa ação
De qualquer ato de discriminar a relação
Entre seres de sexo oposto e sua atração
E todos viveremos felizes sem confusão.
Lúcio Reis.
Belém, Pa 04/06/14.
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