sexta-feira, 23 de maio de 2014

Lembrança da minha avó

 

     A matéria que abaixo reproduzo – Lembrança do meu avô -, está inserida na edição do Jornal O Liberal desta data (23/05/14) assinada pelo Denis Cavalcante, no Caderno Magazine e que, pela lição que ela encerra, até mesmo com certa dose de emoção fui compelido, ou foi-me dado o gancho para as considerações a seguir:

- “Em meu blog http://lucionunesreis.blogspot.com.br/p/blog-page_4358.html 
na página Fotos e Eventos, publiquei minha árvore genealógica, a partir dos meus avós paternos e maternos, cujo material fotográfico disponho, pois, mais para trás, demandaria mais profunda busca e, o fiz com muito respeito e principalmente valorizando os elos familiares, posto que, para mim a família tem um valor sem igual. E apesar de não ter conhecido meus avós paternos, mesmo assim os sentimentos que a eles dedico não são menores aos que dedico ao Chico Nunes e Antonica, os avós maternos.

Como tive a felicidade e o privilégio de ter mais um casal de “pais” por consideração dele, do casal para comigo, tive também o prazer de conhecer mais duas avós. A vó Doninha mãe da D Lourdes e a vó Kinoca, mãe de Sr Edmundo e delas sempre recebi carinho e fui cumulado de atenção, pois era, como ainda o sou amigo (irmão) de seus netos.

O Denis no resumo de sua crônica diz sentir não ter acariciado mais vezes a grisalha barba do avô, não ter guardado sua navalha, o pincel de barba e a velha foto amarelada de sua avó, que ele não conheceu. Ou seja, comportamento e sentimento de quem tem sensibilidade, é saudosista e ama sua árvore e a respeita mui especialmente.

No mesmo endereço do blog acima, no dia 20/03/2014 na pagina Inicio, publiquei com o título Fracasso, matéria retratando o comportamento de menos caso, recusa e até mesmo de desprezo e ingratidão que tive a oportunidade de testemunhar da neta para com a sua avó e, se não estivesse presente ao feito e, me fosse o mesmo narrado, colocaria em dúvida a veracidade da narrativa, tamanho o grau de ausência de sentimentos, pois a criança meiga, carinhosa e acostumada a apenas receber mimos, chamego e paparicas mais e mais, deu à avó o mais gélido gesto, e como, jamais tivesse visto aquela senhora, apesar de que, com certeza, em sua pituitária está entranhado o aroma das fronhas e lençóis da cama da vovó, que até os seus 10, 11 anos sentiu.

E quando se fala desse aroma, não é simplesmente como uma figura de linguagem mas sim, por que já testemunhado pelas duas irmãs da neta que tratou a avó como que, nunca a tivesse visto antes ou como que, ela tivesse descido de uma nave espacial.

Aquele 19/03/2014 sem dúvida está ferrado a ferro em brasa na memória daquela avó e quem sabe um dia aquela neta, não tenha que escrever o mesmo que o Denis escreve hoje, com a diferença de que o jornalista não registra sentimento de remorso mas, apenas de lamento.

Lúcio Reis

23/05/14

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