#Elenão e o Reaça
Sinto vontade de gargalhar
E ao mesmo tempo receio engasgar
Mas até, quem sabe vomitar
Ante a brutal incoerência
De quem não tem independência
Que desfila sem educação e deselegância
Nos palcos, na vida sem regência
De mentes que só tem uma visão
A de profundidade e sem noção
Pois a visão de largura a todo momento
Os antolhos limitam o discernimento
E vem o desastre no comportamento
Nos veículos de comunicação
Exercem, claro, o direito da proclamação
#EleNão!
Mas, então cabe a interrogação
Onde guardam a dignidade e a coerência?
Em que mochila transportam a real independência?
De por si sós se sustentarem
No palco daqui ou também em Jerusalem
Sem a mão estendida dos públicos impostos
Dos milhões esbanjados e até sonegados
E portanto, só com a qualidade do que fazem
Ora! Seriam quem mesmo? Ases desconhecidos?
Pois que valor há no produzido
Apelações e nariz no anus introduzido
O modelo ate aqui sustenta essa mamata
Bem capitalista é o som que ecoa na lata
Mas a fonte pode secar
A “boquinha” pode fechar
E por isso os sugadores
Sentindo mudanças sem dores
Aí vem sem pudores protestar #EleNão
Sentem e percebem o vulcão
Do reaça e, para aqueles a doída sensação
Que apregoam, sou socialista
O reaça não, é capitalista
E ainda #EleNão é golpista
Meu celular de última geração
Como vou comprar crédito meu irmão?
Meu vestuário de grife e da moda explosão
Meu carro do ano, todo equipado e lindão
Minha prole a babá cuida da criação
Por isso #EleNão, é machista o capitão
Incoerência, incoerência ou infantil ilusão
Pais trabalham e ofertam capitalista educação
Paga com amor e toda dedicação
Depois pela influência de desnorteados
Muitos até drogados
Outros piolhentos que abdicam da higiene, da loção
Se despem sem pudor da roupa fedorenta
Suores com sovaco e bacterias de catinga
E os aplausos ecoam no salão
Ratificando a degradação
E se o acima é de reaça
Não importa, pode fazer pilheria, graça
Sou racional, higiênico e mente independente
E tenho dificuldade com neurônio indegente
Reacionário? Não! Sou Homo sapiens e vivo contente.
Lúcio Reis
Belém – Pa. Brasil em 25/09/2018.
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