A Química e o Que Acontecerá?
Há, como é sabido por todos, que existe história e estória,
sendo que a primeira conta fatos havidos no passado e que normalmente compõem
as grades curriculares de anos letivos nos colégios e, enquanto a estória narra
alguma criação ou invenção e portanto uma ficção, produto de alguma mente e
que, a rigor e a principio não tem nada de correlato com alguma realidade.
Como dito, a história se reporta a fatos ou situações ocorridas
e por isso fala do passado nas mais diversas áreas. Porém, como qualificar a
situação na qual o personagem que figurará numa história que ainda virá a
ocorrer, saiba de antemão ou ouça referência ou alguma informação sobre
personagem real de sua futura história? É óbvio, ignorando o que viria a se
suceder.
Seria isso o que dizem ser o destino? Seria isso o roteiro
previamente escrito da vida de cada um de nós? Uma premonição involuntária? Ou
como é dito ainda: o futuro a Deus pertence!.
Pois bem! Ante as manifestações de carinho e atenção recebidas
em 11/12/2015, data em que completamos 44 anos de casados, através de postagens
no facebook e todos registrados na página de nossa filha Hellen Patricia,
ocasião na qual ela nos prestou o seu carinho filial, expressado em palavras de
enlevo e que nos orgulharam e nos trouxeram emoções muito profundas.
Por isso vou lhes contar parcialmente como tudo começou dentro
do preâmbulo acima, pois há outras histórias e que se desenrolam depois e
poderão ser razão de outra narrativa.
Eu era jovem estudante na faixa etária compreendida entre 16 a
19 anos e, cursava o curso cientifico no Colégio Estadual Augusto Meira, turno
noturno, e cujo prédio ainda hoje lá está na Av José Bonifácio, esquina da Av
Gentil Bittencourt.
A matéria curricular era química e no primeiro dia de aula, o
professor, que lamento, não recordo o
nome – mas a professora Nazaré Silva ou seu esposo Cicero Alves, ambos do corpo
docente àquela época, quem sabe lembram – mas, volta-me na memória seu aspecto
físico magro, estatura mediana, óculos e voz pausada e que, não foi o Cicero,
também professor de química, iniciou a aula tecendo comentários sobre a
relevância da química – creio que eu já tenha escrito a respeito dessa história
– na vida das pessoas e o gostar que muitos passam a nutrir pelo assunto e, a
título de ilustração, narra o seguinte fato: ele sabia da existência de um
cidadão que gostava muito de química, que a praticava e, de tanto gostar do
tema desde jovem, atribuiu o nome de alguns elementos químicos a alguns filhos
de sua prole e nela estão o Césio, o Rubídio, o Vanádio, a Celene e a Cilicia.
Depois de alguns anos daquela aula, já tendo concluido o curso
científico, fiz amizade com dois jovens da minha faixa etária e conheci a
família deles e entre suas irmãs, estava a Norma e que na certidão de
nascimento é a Norma Cilicia (adaptação do elemento cilício), minha esposa e
com a qual há 44 anos estamos realizando um reação química e que até aqui a
energia desprendida é positiva, aliás muito positiva em seu saldo, pois sem
dúvida em alguns momentos ao longo de mais de quatro décadas, a reação pode não
ter sido legal mais ninguém quebrou o laboratório e nem os tubos de ensaio ou
pipetas.
Dos irmãos acima referidos, não estão mais entre nós o Césio e o
Rubídio mas, suas proles aqui estão e talvez alguns sequer saibam dessa
história, viu Ivone, Edilena, Ivone Helena, Césio filho, a Marisa, esta filha
do Rubídio e nos anteriores estão a viúva e os filhos do Césio, e que era o
mais velho dos filhos homens.
No resumo da reação que se daria depois, anos antes de conhecer
quem seria minha esposa, ouvi dela falar em sala de aula e óbvio, o professor
que dela falou também não a conhecia e nem tampouco seus irmãos. E eu muito
menos poderia imaginar o que se tornou uma história real e eu, um dos
protagonistas dela.
Lúcio Reis
Belém do Pará, em 12/12/2015.
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