sábado, 12 de dezembro de 2015

A Química e o Que Acontecerá?

Há, como é sabido por todos, que existe história e estória, sendo que a primeira conta fatos havidos no passado e que normalmente compõem as grades curriculares de anos letivos nos colégios e, enquanto a estória narra alguma criação ou invenção e portanto uma ficção, produto de alguma mente e que, a rigor e a principio não tem nada de correlato com alguma realidade.
Como dito, a história se reporta a fatos ou situações ocorridas e por isso fala do passado nas mais diversas áreas. Porém, como qualificar a situação na qual o personagem que figurará numa história que ainda virá a ocorrer, saiba de antemão ou ouça referência ou alguma informação sobre personagem real de sua futura história? É óbvio, ignorando o que viria a se suceder.
Seria isso o que dizem ser o destino? Seria isso o roteiro previamente escrito da vida de cada um de nós? Uma premonição involuntária? Ou como é dito ainda: o futuro a Deus pertence!.
Pois bem! Ante as manifestações de carinho e atenção recebidas em 11/12/2015, data em que completamos 44 anos de casados, através de postagens no facebook e todos registrados na página de nossa filha Hellen Patricia, ocasião na qual ela nos prestou o seu carinho filial, expressado em palavras de enlevo e que nos orgulharam e nos trouxeram emoções muito profundas.
Por isso vou lhes contar parcialmente como tudo começou dentro do preâmbulo acima, pois há outras histórias e que se desenrolam depois e poderão ser razão de outra narrativa.
Eu era jovem estudante na faixa etária compreendida entre 16 a 19 anos e, cursava o curso cientifico no Colégio Estadual Augusto Meira, turno noturno, e cujo prédio ainda hoje lá está na Av José Bonifácio, esquina da Av Gentil Bittencourt.
A matéria curricular era química e no primeiro dia de aula, o professor, que lamento, não  recordo o nome – mas a professora Nazaré Silva ou seu esposo Cicero Alves, ambos do corpo docente àquela época, quem sabe lembram – mas, volta-me na memória seu aspecto físico magro, estatura mediana, óculos e voz pausada e que, não foi o Cicero, também professor de química, iniciou a aula tecendo comentários sobre a relevância da química – creio que eu já tenha escrito a respeito dessa história – na vida das pessoas e o gostar que muitos passam a nutrir pelo assunto e, a título de ilustração, narra o seguinte fato: ele sabia da existência de um cidadão que gostava muito de química, que a praticava e, de tanto gostar do tema desde jovem, atribuiu o nome de alguns elementos químicos a alguns filhos de sua prole e nela estão o Césio, o Rubídio, o Vanádio, a Celene e a Cilicia.
Depois de alguns anos daquela aula, já tendo concluido o curso científico, fiz amizade com dois jovens da minha faixa etária e conheci a família deles e entre suas irmãs, estava a Norma e que na certidão de nascimento é a Norma Cilicia (adaptação do elemento cilício), minha esposa e com a qual há 44 anos estamos realizando um reação química e que até aqui a energia desprendida é positiva, aliás muito positiva em seu saldo, pois sem dúvida em alguns momentos ao longo de mais de quatro décadas, a reação pode não ter sido legal mais ninguém quebrou o laboratório e nem os tubos de ensaio ou pipetas.
Dos irmãos acima referidos, não estão mais entre nós o Césio e o Rubídio mas, suas proles aqui estão e talvez alguns sequer saibam dessa história, viu Ivone, Edilena, Ivone Helena, Césio filho, a Marisa, esta filha do Rubídio e nos anteriores estão a viúva e os filhos do Césio, e que era o mais velho dos filhos homens.
No resumo da reação que se daria depois, anos antes de conhecer quem seria minha esposa, ouvi dela falar em sala de aula e óbvio, o professor que dela falou também não a conhecia e nem tampouco seus irmãos. E eu muito menos poderia imaginar o que se tornou uma história real e eu, um dos protagonistas dela.
Lúcio Reis
Belém do Pará, em 12/12/2015.





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