sábado, 21 de novembro de 2015

Do Futuro

Era o País do futuro!
Rico e fértil por natureza
Não havia rei, logo sem sua alteza
Mas, muitos não atuam no duro
No labor com suor e do calejar a mão
Para ter à mesa o abençoado pão
Milhões com as bolsas vão e vem na moleza
Outros milhares com seus impostos
Sustentam o ócio, a malandragem
Dos fulanos e ciclânos em graúdos postos
E que, ainda só pensam em lavagem
Mas não é de meia, camisa, cuéca ou blusão
É sim de muita grana da corrupção
Aquele Presidente não sabia de nada
Seu caso era assento no avião
A atual Presidente não tem explicação
Como fizeram na Petrobrás, tanta marmelada
Em cada pronunciamento ah! Que decepção
A mineira, ontem aquela do fúzil e malvada
Parece não ter da gramática qualquer noção
Já no Congresso, centenas aguardam decisão
O STF é que pode com o seu dedo indicar
Fulano, beltrano, aquela e aquele é mesmo ladrão
Posto que nos autos, há robustas provas para o indiciar
E assim, a República virou grande delegacia
O noticiário a noite e todo dia
Vem à sociedade das prisões informar
Na Policia Federal, acho, algema irá faltar
O delator contou em seu depoimento
De mais e mais valores morais houve o rompimento
Os disfarces com lavagem são o it do momento
Primeiro lugar nas paradas da bandidagem
É delinquência na rodovia, escritório e trem
Vai do posto de combustível, até a garagem
Carros de luxo sim, bagulho, nem em pensamento
Cada dia que se vai, há mais tristeza
A todo amanhecer chega a incerteza
Com ela na mente só interrogação
Como será nosso amanhã nesta Nação?
Com duas opções a imaginar
Quebradeira e a bagunça a rolar
Povo na rua a tudo quebrar e guerrear
Gás, exprei de pimenta, algema e o avermelhar
O asfalto e o Pavilhão sob o canto da indignação
Tendo o choro a soluçar como melancólico refrão.
Lúcio Reis
Belém, Pa, Brasil – 21/11/15





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