Do
Futuro
Era
o País do futuro!
Rico
e fértil por natureza
Não
havia rei, logo sem sua alteza
Mas,
muitos não atuam no duro
No
labor com suor e do calejar a mão
Para
ter à mesa o abençoado pão
Milhões
com as bolsas vão e vem na moleza
Outros
milhares com seus impostos
Sustentam
o ócio, a malandragem
Dos
fulanos e ciclânos em graúdos postos
E
que, ainda só pensam em lavagem
Mas
não é de meia, camisa, cuéca ou blusão
É
sim de muita grana da corrupção
Aquele
Presidente não sabia de nada
Seu
caso era assento no avião
A
atual Presidente não tem explicação
Como
fizeram na Petrobrás, tanta marmelada
Em
cada pronunciamento ah! Que decepção
A
mineira, ontem aquela do fúzil e malvada
Parece
não ter da gramática qualquer noção
Já
no Congresso, centenas aguardam decisão
O
STF é que pode com o seu dedo indicar
Fulano, beltrano, aquela e aquele é mesmo ladrão
Posto
que nos autos, há robustas provas para o indiciar
E
assim, a República virou grande delegacia
O
noticiário a noite e todo dia
Vem
à sociedade das prisões informar
Na
Policia Federal, acho, algema irá faltar
O
delator contou em seu depoimento
De
mais e mais valores morais houve o rompimento
Os
disfarces com lavagem são o it do momento
Primeiro
lugar nas paradas da bandidagem
É delinquência na rodovia, escritório e trem
Vai
do posto de combustível, até a garagem
Carros
de luxo sim, bagulho, nem em pensamento
Cada
dia que se vai, há mais tristeza
A
todo amanhecer chega a incerteza
Com
ela na mente só interrogação
Como
será nosso amanhã nesta Nação?
Com
duas opções a imaginar
Quebradeira
e a bagunça a rolar
Povo
na rua a tudo quebrar e guerrear
Gás,
exprei de pimenta, algema e o avermelhar
O
asfalto e o Pavilhão sob o canto da indignação
Tendo
o choro a soluçar como melancólico refrão.
Lúcio
Reis
Belém,
Pa, Brasil – 21/11/15
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