Manga do moleque de tanga
Que tomando banho de chuva caiu
Escorregou no caroço de manga e se esborrachou
Foi às 15 ou às 16 horas, alguém viu
Que importa, satisfeito ele apanhava manga
E aí, até a manga de sua blusa rasgou
Aquela dentada na manga quase o engasgou
Foi quando sua camisa engatou
Na vara do outro moleque, também sapeca
Que com ela o galho da mangueira balançava e balançou
A verduenga na cabeça daquele outro se esborrachou
Que o fez sair pulando tal como uma perereca
Então a mangação foi em coro e geral
Cada qual com a mão cheia de manga
Curtindo a tarde chuvosa e genial
Outros nos bolsos os frutos guardaram
Os mais espertos os sacos levaram
Apenas o belemense da tanga
Colheu e só levou duas mangas
Uma em cada mão e o troféu, galo na cabeça
Consequência do tombo na chuva e sua dança
Corre para cá ou para lá, que a manga de cima vem de graça
Pois o pobre moleque em sua tanga não tinha bolso
Mas mesmo assim, conseguiu defender o seu almoço.
Lúcio Reis.
Belém, Pa
03/07/15
Nota do autor: Verduenga, termo usado aqui em Belém e que significa o estágio do fruto entre verde e maduro.
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