quarta-feira, 1 de maio de 2019


De General a Capitão



O mundo viu de General a Capitão
No intervalo toda sorte de corrupção
De milhares a milhão no bolso, na cueca
Até na meia, no sapato, na mala e na conta do careca


Dificil foi encontrar quem não participou
Corrupto ativo ou passivo se beneficiou
São milhares de delinquentes e bandidos
Até há processo prescrevendo por prazos decorridos


Os tribunais estão abarrotados de ações
Os denunciados e réus surgem aos borbulhões
Não há situação e nem oposição
Há sim absurda e condenável intenção


Ainda que muitos já estão condenados
Desde o mais simples ao mor dos aloprados
O triste a ser contado e falado
É saber haver mãos, cada bandido aplaudindo


Creem cegamente, por que eles dizem, na inocência
Quando se sabe que, ninguem se confessa delinquente
É absoluta e intrigante incoerência
Pois o mau carater não tem nada de decente


A situação se torna estranha ou incompreensível
Quando o racional vê o meliante como invisível
Mas crer em suas declarações piamente
Parece até uma moléstia adquirida mentalmente


Pela reação do que aqui ocorreu
Apos o General que da Presidência apeou e a entregou
Quando a ladroagem tudo corrompeu
Ser ato natural e até honesto quem do erário se apoderou


Ao longo dos últimos anos houve contestação
O cidadão honesto bradou sua indignação
Vendo a cada dia pelo País a grande destruição
No aspecto, moral, familiar, social e em toda direção


Nos poderes poucos ouviram
A maioria prosseguiu sem dar atenção
Ao clamor da sociedade não ligaram
E das urnas veio o voto vermelho como cartão


Houve sim significativa substituição
Ainda não é a ideal mas, é uma iniciação
No próximo pleito quem sabe terminamos a lição
E desempregamos cada indigno politico sem noção


E então eis a opção, surge no Planalto o Capitão
Via urna e até aqui sem carimbo de corrupção
Discurso peremptório, duro, como requer a solução
O eleitor o escolhe como três estrelas da salvação


Sem dúvida desagrada e muito o pessoal da mamata
Óbvio não se entregarão e vão bater muita lata
Inventar, desqualificar, jogar sujo como sabem
Porém, a verdade tem muros fortes e a mentira não convém


O mago sindical já encarcerado
O "Deus" da honestidade inabalada
Ainda conduz alguns como gado
Mesmo já sendo pessoa politicamente acabada


Logo mais terá outra condenação
Ante o cesto de crime cometido
E que só por um já está preso, detido
E logo mais anos de carcere lhe serão atribuídos


Nenhuma sociedade organizada poderá ser governada
Por atos o regras emanadas
De um presidiário no cárcere, sem a mínima noção
Sem valor familiar, ético ou educação


Compus a presente criação, Sr doutor
Por ter recebido hoje uma composição
Adjetivando de burro o eleitor
Que escolheu como Presidente o Capitão


Como votei, não nego, no Militar
Cabe-me pessoalmente o direito de retrucar
Mostrar parte da trajetória do ex, neste espernear
Dizendo não tenho corrupto de estimação para aclamar


Votei sim para mudar
Antes de ver o Brasil afundar
Na lama da corrupção
Que quase aniquila esta Nação


Sem duvida havemos de esperar
Que o atual Presidente venha tudo arrumar
Mande para o olho da rua os maus elementos
Bem como os que querem atrapalhar com indevidos comportamentos


Porém há que se registrar e lembrar
Ficha suja, borrada não pode disputar
Presidiário então, nem precisamos falar
Por isso é melhor mesmo, já ir se acostumar
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 01/05/2019.

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