sexta-feira, 31 de agosto de 2018


Transformação

Lá atrás, no tempo lavrou
O compositor brasileiro criou
O povo feliz se emocionou
E a sociedade cantou

De zinco era o feliz barracão
O Herivelton o floriu de estrelas e emoção
Pois como bela e sensível oração
Fez chorar cada coração

O tempo mudou, ah! A ilusão!
Chegando lenta a triste transformação
Foi ao chão o lindo barracão
E no seio familiar a desolação

A “felicidade” do arranha céu
Em seu momento de vagar ao léo
No morro foi se instalando
E muito mais pertinho do céu estando

E a tão perto chegou, em cada dose
Que não mais conseguiu descer
E pela escada do pó a overdose
Subiu para não mais viver

Hoje a alvorada sonora
Não tem mais canto canora
A passarada o céu cruzando
Vem do “bico” do AR-15 metralhando

E ao anoitecer a prece que se lê
Que não haja mais projetil perdido
Que não morra mais um ente querido
Cessando a guerra que não se quer mais ver 

Os morros são o exemplo real
Com o que pode vir a ser fatal
Para nossa Nação logo mais
Caso não cortarmos na raiz o mal

Nosso País está na ambulância
A caminho do hospital ante da petulância
Dos mesmos abutres rondando o Paciente
Em busca do alimento à sua ilimitada ganância

Abramos os olhos e apuremos o discernimento
Escolhamos o bom comportamento
Eliminemos sem dó os sem noção
Coveiros corruptos que enterram esta Nação
Lúcio Reis
Belém do Pará-em 31/08/2018.




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