Domingos Jovens 60
Sim! Aquela altura 
Na minha na sua rua 
Ele chegava com o sol a brilhar
E escondia-se quando aparecia o luar
E novamente na segunda 
Após um domingo no bosque ou no Museu a brincar
Lá vinha ele  na segunda a nos dizer
Tempo de ir ao grupo escolar 
Soletrar, ler, escrever e saber
É tempo de aprender de estudar 
E sem nos darmos conta 
E nem mesmo o tempo contar
Comemoramos 15 anos e da jovem guarda participamos
Bailinhos, colar e nada de ficar
Apenas o inocente namorar 
Mas o sol continuou se pondo 
Deixando a dama da noite se mostrar 
Prateando as copas das mangueiras
Lavadas por mais uma chuvarada vesperal 
E vem o tempo da turma da faculdade
Aumenta a soma da idade
Adolescência ficou lá atrás 
Agora é namorar de verdade
Mas as tardes de domingo continuam belas 
O romantismo tem um "q" de sensibilidade 
E abrem-se as portas da faculdade
O título na mão é uma realidade
Um quarto de século ou um pouco mais 
E a cidadania é  toda a verdade 
O exercecer a profissão é a maturidade e responsabilidade
As tardes de domingo já não são mais iguais
A prata do luar nas cabeças vem se espreguiçar 
Nos domingos a algazarra dos netos faz o despertar 
Na varanda ao sol observar
Vem-nos aos lábios o balbuciar
Para onde levates as belas tardes de domingo? 
Pois hoje em seu lugar, como pura brincadeira ou maldade 
Deixaste apenas a enorme saudade 
Lúcio Reis
Em 27/09/16
Belém, Pa
 
 
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