terça-feira, 27 de setembro de 2016

Domingos Jovens 60

Sim! Aquela altura 

Na minha na sua rua 

Ele chegava com o sol a brilhar

E escondia-se quando aparecia o luar

E novamente na segunda 

Após um domingo no bosque ou no Museu a brincar

Lá vinha ele  na segunda a nos dizer

Tempo de ir ao grupo escolar 
Soletrar, ler, escrever e saber

É tempo de aprender de estudar 

E sem nos darmos conta 
E nem mesmo o tempo contar
Comemoramos 15 anos e da jovem guarda participamos

Bailinhos, colar e nada de ficar

Apenas o inocente namorar 

Mas o sol continuou se pondo 

Deixando a dama da noite se mostrar 

Prateando as copas das mangueiras

Lavadas por mais uma chuvarada vesperal 

E vem o tempo da turma da faculdade

Aumenta a soma da idade

Adolescência ficou lá atrás 

Agora é namorar de verdade

Mas as tardes de domingo continuam belas 

O romantismo tem um "q" de sensibilidade 

E abrem-se as portas da faculdade

O título na mão é uma realidade

Um quarto de século ou um pouco mais 

E a cidadania é  toda a verdade 

O exercecer a profissão é a maturidade e responsabilidade

As tardes de domingo já não são mais iguais

A prata do luar nas cabeças vem se espreguiçar 

Nos domingos a algazarra dos netos faz o despertar 

Na varanda ao sol observar

Vem-nos aos lábios o balbuciar

Para onde levates as belas tardes de domingo? 

Pois hoje em seu lugar, como pura brincadeira ou maldade 

Deixaste apenas a enorme saudade 

Lúcio Reis

Em 27/09/16
Belém, Pa

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