Ali iniciava-se a capital Belém, dizia a placa
O sentido é que definia a orientação
Entrando ou saindo, conforme a direção
Assim era nossa querida Belém, aqui no norte
Capital do Estado do Pará, terra que oferece boa sorte
E todos que pela rodovia estavam a chegar
Ou que, pela mesmo estrada se iam a viajar
E que, pelo bairro Castanheira ocorria o trafegar
Num momento dando-lhes boas vindas
a Terra das Mangueiras
E em outro bye, bye Cidade Morena
e até a volta castanheira
A frondosa árvore cientificamente Castanea sativa
Vegetal de grande porte, bonita e bem altiva
Eudicotiledónea e fonte de divisas, robusta
Catapulta econômica deste estado do norte
Ela oferta um ouriço com amêndoas saborosas
De poder energético e bem vigorosas
Dizem valer em proteínas, por um bife suculento
Vitamina muito útil, para do corpo o sustento
Foi elo relevante na economia pela exportação
Lá atrás década de 50 a 70, fonte de dólares
e de riquezas
Somando para o progresso da Nação
Tirando muito cidadão da linha da pobreza
Hoje a juventude apenas ouve falar do castanheira
Mas só associam ao shopping e seus cinemas
E também para curtição com suas companheiras
Na praça de alimentação para o namorar e trocar uns temas
Aqueles com mais idade recordam da curva da castanheira
Ocupando o noticiário pelos acidentes, em ações
costumeiras
E que hoje ocorrem e muito, aqui, lá e em todo lugar
Pois com o progresso chegando, veio a expansão sem mais
parar
Tempo em que não se usava na porta uma tranca
Mas Belém foi expandindo e outros espaços criando
A população crescendo, ruas e bairros aumentando
E hoje o centro não dispõe mais de livre espaço
Nem para um pequeno terraço
A não ser demolir e para o céu construir
E assim já surgiu e outros espigões vão surgir
Mas, com todo o nosso calor
Prosseguimos sendo um sitio acolhedor
E por aqui você pode encontrar
Nordestino, mineiro e capixaba a falar
Carioca, paulistano e sótero napolitano a cantar
Ludovicense, americano e gaúcho a chimarrear
Do arquiteto, garimpeiro e o poeta a compor
Para toda gente desde o russo ao palestino a passear
Vendo o nosso vermelho, e do açaí a cor
Em fim somos a Terra de todas as línguas e faces
Molhadas pelas chuvas de nossas tardes
A colher mangas em nossas ruas e praças
E se admirar com a beleza da belemense e suas graças
Por fim a castanheira não está mais lá a fazer limite
Mas Belém aqui está a bem receber toda gente.
Lúcio Reis
Belém do Pará
26/06/15
Belém do Pará
26/06/15
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