Mais profundo que volume morto
Já tem muita gente no estaleiro, no porto
Só graúdo vivendo no desconforto
Mas ainda vai aparecer muito
bacana republicano
Que atuou por debaixo da mesa, do pano
Pousando de austero, honesto e fino mano
Quando o anuncio ecoar, vai espirrar mais gatuno
Saliva no prato que comeu, no palácio pastou
O queijo suíço, com vinho fino, cada rato roeu
Há anos, é um fato que a muitos rendeu
Muita grana que ratazana embolsou,
comeu
O prato já estava babado, imundo
A tal e vultosa roubalheira, quase o quebrou
Mas, até ficou com o maior troféu do mundo
Da corrupção foi o Brasil que levou
E então precisava de máquina capaz e forte
À lavar gente graúda, “fina” e elegante
Usando litros e mais litros de detergente
E lavador, isento, forte e muito competente
Aí quis o destino que o Moro, o Sergio!
Magistrado oriundo e daquele egrégio
Tomasse às suas mãos a “trouxa de roupa suja”
Acionasse a lava jato, dia e noite, tal coruja
E depois estende no varal como peças de um relógio
Cada figura saída de competente colégio
Todos diplomados com louvor
No métier do roubar com destemido furor.
Relógio montado nos refrigerados gabinetes
No tic tac das engrenagens dos orçamentos
Lépidos no dividir percentuais e nem aí para os
acontecimentos
Ignorando quaisquer possíveis delatores, alcaguetes
Mas quando o prato, cuspido fica
E que a gana no roubar o danifica
Não tem jeito, uma hora fica enorme a trinca
E com trinca dupla e etc... O lalau se estrumbica
Ainda vai surgir mais gente fina
Na aparência e figura brilhante de coluna social
Onde pousam de gente bem granfina
Mas ao fundo é muito mais sujo e imundo, que bolo fecal.
Lúcio Reis
20/02/15
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