Aceitação
Já não mostro no olhar algum segredo
Ao longo do viver fui perdendo o medo
E se alma chora sem razão ou enredo
Pode até ser de tristeza, mas pode ser folguedo
Em cada face sempre há marcas de uma escrita
Algumas coincidentemente já passadas em fita
Em outras as rugas do tempo é enciclopédia, real lição
A mostrar angustias de atribulado coração
Sem dúvida muitos nem conhecem a si próprios
Outros pensam ou julgam serem seus livros
Nos quais buscam ritos até improvisos
E de tudo resta a racional solução
Aceito-me e te aceitarei sem tergiversação
E haverá em cada coração a mansidão
Lúcio Reis
Belém, Pará
25/05/15
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