sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ao ídolo veloz

Informe aos amigos que desta publicação virem a tomar ciência: conheci o Ubirajara Esteves de Carvalho e que, é primo de minha esposa, no ano de 1978, no Rio de Janeiro, quando sua irmã Sandra acolheu a Norma sua prima e meus filhos que eram crianças, pois encontrava-me hospitalizado e após uma crise de hemorragia que me levou ao CTI, suponha-se que de lá eu não sairia vivo.
Decorridos todos esses anos, eis que por intermédio do Facebook, reencontro o Bira, como é tratado na intimidade familiar e, para minha gratíssima surpresa ele gosta de escrever poemas e ao me remeter o que abaixo pode se ler, em dueto escrevi o que está ao lado e com a autorização dele, estou aqui publicando com maior satisfação, para vosso conhecimento.
Grato
Lúcio Reis

Ao Ídolo Maior


Seria unicamente mais uma curva,
Dentre as muitas que ainda estavam porvir.
De repente a imagem ficou meio turva,
Esqueceram um muro, justamente ali.

Ficamos estarrecidos diante do ocorrido,
Com o olhar fixo sem querer acreditar.
Que o nosso sonho estava destruído,
E que a nossa esperança não estava mais lá.

Estamos tristes, ficamos com pena,
Da forma brutal como rasgou-se o véu.
O nosso ídolo não está mais em cena,
Foi conquistar às vitórias no céu.

Nunca mais esqueceremos daquele dia,
Onde a tristeza o nosso peito invadiu.
Não ouviremos nunca mais a melodia,
Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil.  

Autor: Ubirajara Esteves de Carvalho
01/05/1994
Ao Ídolo Veloz

Nem sempre o viver é uma reta mas, há sim emoções
Porém a  vida sim é uma corrida, com decepções
Curvas fechadas, vitórias, louros e celebrações
Ídolos, alegrias, lágrimas e muitas louvações

Foi assim por tantas dominicais corridas
Aqui, ali em Mônaco e circuitos  velozes
E ao fim o agitar da bandeira quadriculada
Por mais um circuito e vitória conquistada

À frente da televisão cada fã em vibração
O coração agitado e a corrente em alta pulsação
Mas naquele primeiro de maio, quanta tensão
O muro a sua frente mudou a transmissão

Lágrimas ao redor do mundo molharam faces
A perplexidade deixou seres em êxtases
Incrédulos ao invés de vibrar em explosão
Sentiam o enorme peso da destruição

O ídolo está ferido, o carro destruído
A tristeza recaia em cada um com incredulidade
Perguntam-se? Ato de uma  fatalidade?
A resposta na verdade o Ídolo está saindo

Partindo das pistas, largando o guidon, parando
Estacionando para sempre sua vida de corrida
Deixando saudades para cada fã de sua vida
Ayrton Sena do Brasil, bateu e lento foi subindo

Lúcio Reis
14/05/15




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