Que engano!
Foge, acaba, lá se vai sem engano
Use-se o termo que quisermos usar
É fato inconteste: final de mais um ano
Há evolução aqui, ali revolução e em todo lugar
A comunicação instantânea reduziu do globo o diâmetro
O planeta cabe em cada lar, roda de seres e todo lugar
Ficou como a distância do abraçar, do agredir, todo quilômetro
Ver-se e dialogar e apenas questão de digitar
Porém, aqui e ali, onde se pode enxergar
Apesar do século XXI célere está a passar
Abalroa-se com entes que aqui ainda vão chegar
Pois estão a deambular pelo século XII em algum lugar
Mas, apesar de toda essa inarredável verdade
Inapelável, incompreensível e concreta realidade
Ainda há seres caminhando na era da pedra lascada
Estúpidos com antolhos e imbecilidade escancarada
Comportam-se e agem como cão que ladra, rosna
Hidrófobo, sob o disfarce de uma humilde elegância
Creem-se intocáveis, usando a estupidez da incoerência
Pulando muros do respeito de algum ser em paz.
Lúcio Reis
14/11/14
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