domingo, 16 de novembro de 2014

Que engano!


Foge, acaba, lá se vai sem engano
Use-se o termo que quisermos usar
É fato inconteste: final de mais um ano
Há evolução aqui, ali revolução e em todo lugar

A comunicação instantânea reduziu do globo o diâmetro
O planeta cabe em cada lar, roda de seres e todo lugar
Ficou como a distância do abraçar, do agredir, todo quilômetro
Ver-se e dialogar e apenas questão de digitar
 

Porém, aqui e ali, onde se pode enxergar
Apesar do século XXI célere está a passar
Abalroa-se com entes que aqui ainda vão chegar

Pois estão a deambular pelo século XII em algum lugar
 

Mas, apesar de toda essa inarredável verdade
Inapelável, incompreensível e concreta realidade
Ainda há seres caminhando na era da pedra lascada
Estúpidos com antolhos e imbecilidade escancarada
 

Comportam-se e agem como cão que ladra, rosna
Hidrófobo, sob o disfarce de uma humilde elegância
Creem-se intocáveis, usando a estupidez da incoerência
Pulando muros do respeito de algum ser em paz.


Lúcio Reis

14/11/14

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