Cantos de Lúcio Reis

Relacionamentos

Caminham a passos lentos mas lado a lado
Olhares perdidos no horizonte do prado
Respiros e suspiros condensados
Pois falta o calor dos enamorados
A ausência de sentimentos amplia, enlarguece o vão
Que esmaga e inquieta a aproximação
O entrelaçamento de mãos afrouxa
Distanciando o amar e mais o apertar do coração
Não há mais atração, não há mais emoção
As atitudes e gestos estranhos indicam a separação
Doces palavras rareiam e a desaparecer irão
Parece não haver retorno e sequer perdão
Mas, como há o dito popular
Coração tem razões que a própria razão....
Por isso não se admirar venha
Se a felicidade ainda lhe fizer saltar
O pulsar e saltitar do seu coração aumentar
Posto que a força de uma paixão
Lhe conduzirá à lua como uma explosão
Amar, odiar ou nem se importar
São capítulos sempre do livro dos amantes
Dos amores estranhos, das paixões ardentes
Rasgue-se as vezes essa cartilha
Mas, mesmo assim sempre será, você verá
Pois amar, odiar e nem sempre separar
É o viajar na longa estrada dos relacionamentos amorosos
E nessa estrada, a estação da tranquilidade e do prazer
É logo ali, você vai ver, é só ir devagar e esperar
Tenha certeza, o vagão da satisfação ainda vai chegar
E nele quando você embarcar, verá quanto é lindo e prazeroso
Como diz a canção, seguindo no trem azul do Amar. 

Lúcio Reis
   10/10/05