quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Ancião ou velho de ontem
Es enciclopédia, de vidas a lição
Não apenas de 2+2, tabuada na mão
Mas da matemática da emoção
Cujas contas são escritas no coração
És compêndio de sabatinas vida a fora
Das dificuldades de ontem e até do agora
Das soluções e aprendizados a qualquer hora
E o seguir adiante, sorridente indo embora
Hoje caro e digno ancião
É! És caro também pelos teus valores
Teus brancos cabelos são a certidão
Por certo conduzes alguns amores
Amor que dedicas aos rebentos
Querer diferenciado pelas(os) netas(os)
Paixão, cumplicidade pela esposa, companheira em união
Seguindo do casamento as juras de paixão
É meu caro idoso ou ancião
Mas há também a via da contra mão
O jovem não te respeita e faz troça
Como uma imagem sem graça e cheia de graça
Mas somos compreensíveis
Os tempos mudaram e as vezes somos invisíveis
Até mesmo para os filhos ingratos
Que nos tem ou veem como farrapos
Porém havemos de não esquecer
Ninguém, nenhum ser ao nascer
Chora por já ter 3ª ou melhor idade
A palmada é para saber iniciar do zero na maternidade
Portanto celebremos e brindemos
Somos sim anciões com tranquilidade
Ao mundo nossa colaboração já ofertamos
E se ele não está melhor, mesmo assim brindemos!
Lúcio Reis
Em 01/10/14
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