Farsantes
O
homem pisou no planeta
Não
que já fosse manco ou perneta
Mas
simples e naturalmente
Contendo
em seu eu, um ser farsante
Dente
de ouro, língua afiada, tromba de elefante
Falso,
traidor e Pinóquio ser falante
O
Criador conosco foi Magnânimo
Presenteou-nos
com solo abençoado, fértil
Para
que a preguiça não traga desânimo
E
cada qual a seu modo e, como puder seja útil
Mas,
para nos provar, deveras testar
Não
sei e, nem consigo como adjetivar
Pois
o Senhor não foi grego, ao nos presentear
E porque
colocou em nosso meio cada farsante?
Em
nossa sociedade é quantidade abundante
Não
foi apenas um ou dois, oh gente!
Somos
mais de 25 Estados na Federação
E
em cada um, há milhar e milhar de ladrão
Tem
para todos os gostos e escolha
Há
aqueles com a bíblia na mão
Na
mesa posta, menu com vinho e saca rolha
Nos
parlamentos a maior concentração
A
discursar, jurar retidão e negar má ação
E
olhe! o que diz e reza a Constituição!
Mas
eles se fingem de defuntos, sem respiração
Insensíveis,
descaradamente enfiam a mão
Há
também no trânsito e em cada repartição
Ativo
e passivo caminham em união
De
jatinho, em automóvel do poder e no avião
Nosso
País é um sementeiro em ebulição
A
Policia Federal prende, e logo outro mais brota do chão
De
gravata, carro importado ele é barão
No
fundo sonegador com mandado de prisão
Em
cada esquina um pivete ou manjado “cidadão”
Aqueles
que se enquadram no 171 ou com 38 na mão
Mas
sempre surge o mais espertalhão
Finge,
finge que é alienado autêntico bobalhão
Aquele
que nada sabe, nem tem para algo visão
É
cego, ignorante, preguiçoso mas trapalhão
Não
é cegonha! É “ganso” e leva sua turma no bico
Parcela
de milhares de uma grande Nação
Faz
a todos crer que o ideal é o seu fico
Como
fez D Pedro I, o português imperador
Sua
cara de pau é difícil de copiar
Mesmo
pelo mais eximo entalhador
Pois
nunca antes aqui houve um assim meu senhor
Pois
hora, contra corrupto é, de elite atirador
Mas
em outras do mesmo bando é admirador
Contradição
é seu forte, sem pudor!
Ontem
fuzilava o bandido de cada estado
Depois
de cada um passou a ser aliado
Fala
porque não é mudo, e, é até “doutor”
No
mundo lá fora do Brasil há algum sonhador
Naquele
discurso inicial foi que se baseou
E
assim a honraria lhe outorgou
Sei
que convence, pois de mente é a adestrador
Apenas
as fracas, humilde e gente inocente
Ou
interesseira á também levar vantagem indecente
Mas
como todo ser que mente, é eximio farsante
Sabe-se,
é compreensível, desde Pilatos o governador
A
massa é conduzida como gado pelo corredor
No
futuro quando alguém isto vier a ler
Será difícil de compreender
E
até mesmo poderá dizer
Esse
sujeito que escreveu
Criou
uma ficção com tanta imaginação
Mas,
não foi invenção e verdade meu irmão
Identifica-lo
fica e deixou para seu inteligente
A
história é e será contada para toda gente
Posto
que no Brasil, só não o conhece
Quem
é surdo, mudo, cego e demente
E
mesmo alguém senil que agora envelhece
Conclui
quem é esse crápula rapidamente
Que
para o bem da Nação Brasileira e povo diligente
Urge
seja banido da vida pública urgentemente
Pois
arrependimento, todos sabem com certeza
Só
vem e chega depois, como brava correnteza.
Lúcio
Reis.
Belém,
Pa
27/07/14
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